Bushcraft PT

Na minha modestíssima opinião, uma formação basilar em primeiros-socorros é (ou devia ser) um conhecimento mínimo indispensável a todos quantos queiram aprender a sobreviver pelos seus próprios meios que, em situações extremas, pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Por isso, e porque recorrentemente recebo na minha caixa de correio electrónico informação sobre cursos a realizar pela Escola de Socorrismo da Cruz Vermelha Portuguesa, gostaria de perguntar aos membros do fórum em geral e, em particular, àqueles que estudam ou trabalham na área da saúde e do socorrismo, qual é o vosso parecer acerca dos cursos de formação em socorrismo ministrados pela instituição. Os cursos e a entidade em si parecem-me idóneos, mas tenho dúvidas quanto à adequação da sua duração aos conteúdos, como o Índigo bem indicou neste outro tópico. Caros amigos, qual é o vosso juízo? Para quem não conheça os cursos, pode consultá-los aqui.

Claro que a instituição CVP e os seus cursos (que são certificados) são totalmente idoneos e garantem formadores e conteúdos de qualidade.
No entanto, como profissional de saúde (trabalho num serviço de urgência e numa VMER-Viatura Médica de Emergência e Reanimação) e esporadicamente como formador considero que o nº de horas dos cursos que apresentam no site são realmente escassas.
Para terem um exemplo, a última formação que dei foi de 45 horas e inclui os mesmos conteúdos dos 1º e 2º cursos apresentados no site juntos exceptuando a formação em DAE. Juntando os dois cursos, eles fazem-no em 18h!!
Claro que tudo isto depende das opções formativas que se adoptam. No curso que elaborei optei por uma abordagem baseada na prática, ou seja, para cada sessão teórica existia sempre uma sessão pratica em que os formandos treinavam insistentemente o que tinham aprendido. Obviamente isto demora mais tempo.
Se calhar nesses cursos tens oportunidade de executar uma determinada técnica uma ou duas vezes, num curso mais longo e que seja essencialmente prático terás mais oportunidades.

A minha mãe fez 1 desses cursos, penso que o CEPS e o que posso dizer é que uns meses depois, na escola onde ela trabalha houve 1 miúdo com ferimentos complicados (atravessou uma janela e ficou com uns cortes nos braços, que ainda foram fundos) e a formação chegou para que ela e as pessoas que também tinham ido à formação tiveram os conhecimentos suficientes para tratar do caso (incluindo NÃO remover os vidros do braço) até à chegada do INEM.

Conhecimento a mais é coisa que não existe, e qualquer conhecimento, ainda que incompleto, é melhor que nenhum.

Na minha opinião a melhor forma de se tirar partido de um curso desses é preparar-se para quando for o curso aproveitar-se para questionar sobre coisas especificas, melhores práticas, etc.

Falaram-me recentemente neste livro, por oposição ao manual da ENB, e que comecei a folhear ontem.

Aproveito a deixa para perguntar ao Mário pela opinião dele sobre o livro...

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A minha melhor nota de sempre foi socorrismo mas nao posso ver sangue faz-me impressao em gente viva(pior e o cheiro mas isso tambem nos mortos).
Decididamente a area de saude nao foi uma boa opçao minha.

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O blog do meu grupo espero que goste e participem

Indigo concordo que nunca existirá o conceito de "conhecimento a mais" e que mais vale pouco que nenhum, apenas acho que havendo a possibilidade de optar eu escolheria fazer um curso mais longo mas que me proporcionasse mais experiências e essencialmente mais oportunidades de praticar as técnicas.
Como em tudo, a prática faz a perfeição. Além de que torna muito mais fácil a assimilação de qualquer conhecimento.
Quanto ao livro do PHTLS eu também o tenho e aconselho vivamente a sua leitura.
Na minha opinião é dos melhores na área do pré-hospitalar.

Demorei 7 anos a ler este post

Se alguém quiser o PHTLS envie-me uma MP ou mail, ou fale comigo no Skype que envio.

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