Bushcraft PT

3 segundos sem Vigilância
3 minutos sem Oxigénio
3 horas sem Regulação Térmica
3 dias sem Água
3 semanas sem Alimentos
3 meses sem Contacto Social

Boas pessoal o que é que poderíamos acrescentar para os 3 anos?

Caro amigo José Salvador, estou meio perdido com o teu post, certamente haverá uma razão para o mesmo, mas vou necessitar da tua ajuda...
Em relação aos três, diria a brincar que o mais dificil é perder os anatômicos...
Fora de brincadeiras, três minutos sem vigilância nesta sociedade é obra, três minutos sem oxigênio é uma questão de treino, três horas sem regulação térmica é uma possível hipotermia, três dias sem água é um risco, três semanas sem comida é um risco menor do que sem água, três meses sem contacto social, sem ser fisicamente grave é psicologicamente demolidor...
Eu acrescentava 3 anos sem amor.
Saudações

Eu conseguiria passar 3 meses sem contacto social.... e para acrescentar com o meu contributo aqui no tópico, 3 anos privado da exposição solar, seria bastante penoso para o nosso organismo!

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[Em pequeno chamavam-me "bicho do mato" porque não saia de casa! Agora estou no mato e chamam-me para casa!!! Ironia do destino]

Boas João, acredito plenamente que conseguirias passar 3 meses sem contacto social mas isto são apenas linhas de orientação gerais pois podem variar e muito dependendo das condições e do individuo, quanto a tua sugestão dos 3 anos sem luz solar penso que faz sentido! mas vamos ver se mais alguém se pronuncia!
Quanto ao Milhafre, sei que a regra dos 3 de sobrevivência já foi aqui abordada mas achei que deveria ser um pouco mais aprofundada! Agora 3 anos sem amor? é pá.... isso é demasiado! o amor é a nossa razão de existir e deve de estar presente todos os dias! Existem tantas formas de amor!

3 inspirações sem oxigénio são mais perigosas do que 3 minutos sem respirar.

Obrigado pelo teu contributo Tonijedi, mas é possível desenvolveres um pouco mais a tua resposta e talvez sugerires também algo para os 3 anos?

Caro José Salvador e João Carmo.
Sendo a regra da sobrevivência já entendo um pouco a razão dos três itens, mas mesmo assim a minha ignorância necessita de saber se os três itens são o limite para a sobrevivência ou se ela continua para além disso?
É interessante que o programa televisivo alone realizado no Canadá, ilha de Vancouver, aponta para a solidão ser mais devastador do que as condições climatéricas a falta de alimentos ou mesmo os ursos lobos e pumas e muitos dos bem preparados como um índio acabaram por desistir por este motivo...
Seja como for foi interessante teres levantado o post só penso que necessitava duma explicação sobre o tema...
Parabens e agradecido pelo tema com o senão de exigir maior explicação.
Saudações

Respondendo à questão social, eu entendo que nós sendo ser "sociável" temos muito pouco na relação em ajudar o próximo, mas na dependência já somos o contrário!
Ora seguindo este meu raciocínio, os povos antigos enquanto nómadas viviam sem essa condição, e a humanidade tornou-se sociável para sua própria sobrevivência!
É aqui que está a grande questão, o homem transformou-se e foi um processo muito longo, por isso não é agora em questões de dias, meses, anos ou até gerações, que o homem possa viver isolado sem qualquer contacto com outro ser da sua espécie!
Acredito que haja pessoas que tenham maior controlo na dependência social, isso tem muito a haver com o seu modo de vida, a sua experiência, o seu estado social ou até mesmo o seu estado psíquico.
Resumindo... os loucos "saudáveis" talvez sejam aqueles com melhores condições para enfrentar esse desafio!

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Caro João Carmo.
O teu contribuito não só é fantástico em elencar razões e circunstancias históricas da evolução do homem do nomadismo ao sedentarismo, como coloca questões que são pontos de partida para um debate profundo sobre o tema, não sei se seria este o caminho do José Salvador mas seja como for de certa maneira existe agora uma rede para mais facilmente debatermos o tema.
Saudações

Vou mencionar aqui um aspecto que eu próprio decidi implementar na minha quinta!
Eu não coloquei nenhum espelho de parede na casa de campo e sabem porquê?

1º Enquanto procuro retiro espiritual não quero ver qualquer rosto à minha frente, nem mesmo a minha cara reflectida num espelho, já para não ter aquela ideia de que estou em contacto com o meio social, por isso já podem ver que não me afecta nada ficar isolado!
2º Não quero olhar para o meu rosto envelhecido ou com a barba grande, enquanto estou vários dias isolado, isso também me entristece, por isso espelho fica fora parte!
3º Espelhos estão ligados a certas energias e mesmo eu não tendo nenhuma crença ou superstição, prefiro nem sequer ter esse acessório por perto!
4º Á noite é desagradável andar com lanternas ou candeias acesas e ver a luz reflectida num espelho, que nos encandeia sempre que apontamos para ele, mesmo sem querer!
5º Espelho quebrado pode ferir, pode provocar incêndio quando exposto a raios solares, pode-nos dar a ilusão de algo além de nós próprios, enfim não gosto de espelhos!

Mas sei que o espelho nos pode ajudar em algumas situações, quando queremos tirar um objeto estranho da nossa vista ou tratar uma ferida numa parte do corpo que não é acessível, conseguir ver algo através de ângulo de difícil acesso, vigiar alguém ou algum animal numa certa posição, verificar a respiração de companheiro que tenha perdido os sentidos, por isso no meu estojo de higiene pessoal transporto um pequeno espelho, mas só para raras excepções, das quais a questão de sinalização numa situação de resgate, acaba por ser a mais importante!

Não fugindo ao tema ainda em curso, pois esta minha observação veio no seguimento do contacto social!

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Caro amigo João Carmo.
A grande realidade na sociedade é a contradição, contradição na nossa analise das coisas, mas sobretudo nas próprias coisas, nós ao mesmo tempo que somos seres gregários aspiramos ao isolamento (e vice versa) e talvez esta seja uma valvula de escape para conseguirmos fintar as pressões que a vida social provoca, no fundo a complexidade das coisas está na contradição, no choque que o oposto provoca em nós.
No fundo os opostos coexistem mas normalmente não de forma pacifica, quando estamos na cidade queremos o campo e muitas vezes voltamos a desejar a cidade destes movimentos interiores e exteriores a nós se faz o dia a dia, mas este movimento muitas vezes cria conflitos, precisamente como forma de normalizar a realidade no fundo existem os opostos mas estes tendem de forma momentânea a se normalizarem para de seguida voltarem a provocar tensões. é esta a dinamica da sociedade e da própria natureza.
As tuas considerações na minha maneira de ver são precisamente uma forma de caracterizar estas contradições que todos temos, mas uma coisa é querermos certas formas de solidão por um tempo determinado, outra coisa é nos conformarmos com a eterna solidão, sobretudo se nos for imposta.
Saudações

Olá amigo milhafre concordo com o teu ponto de vista. Tudo na vida ou na natureza, tem os seus ciclos, as coisas movimentam-se e transformam-se, mas o homem acho que tem o poder de modificar isso, pelo menos os mais arrojados e aventureiros!
Acho muito penoso quando alguém é submetido à solidão forçada, mas em contra partida, aqueles que procuram a solidão, deveriam ter o seu próprio espaço, porque senão deixa de haver liberdade.

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[Em pequeno chamavam-me "bicho do mato" porque não saia de casa! Agora estou no mato e chamam-me para casa!!! Ironia do destino]

Caro milhafre está tudo bem em abordar este tema aqui neste tópico pois tem tudo a ver! agora quanto ao João temo que devido a estes comentários acaba por deixar passar uma imagem de alguém pouco sociável o que na realidade é precisamente o contrário, acho que embora possa gostar de ter o seu espaço e apreciar fazer os seus retiros também tem muito gosto em partilhar os seus conhecimentos e as suas aventuras tanto pessoalmente como através das redes "sociais"

Interessante o teu ponto de vista amigo José Salvador, realmente por vezes o meu entusiasmo e gosto pelos vídeos acabam por expor a minha privacidade, isso é um facto, mas diria mais... ás vezes uma máquina de filmar acaba por ser uma boa companhia, parece irónico mas isso funciona!
Já comentei uma vez que grandes acampamentos que fiz não registei, foram até maravilhosos, mas ao não partilhar esses momentos, ninguém sabe na realidade o bom que foi, por isso dou valor à celebre frase do Christopher McCandless que faleceu no Alasca dentro do Magic Bus, onde escreveu: "A felicidade só é verdadeira quando é partilhada!"

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[Em pequeno chamavam-me "bicho do mato" porque não saia de casa! Agora estou no mato e chamam-me para casa!!! Ironia do destino]

Caro amigo José Salvador.
Este meio informático é o que é, nem sempre a noite é escura nem o dia é solarengo, compete a quem o visita e vem de boa vontade tentar pintar o seu quadro de forma o mais clara possivel para que o outro advinhe o verdadeiro eu de cada um...
A verdade porém é que nem sempre dizemos o que pensamos nem pensamos o que escrevemos, é um risco que corremos, dito isto para situar, posso acrescentar que concordo plenamente contigo, mesmo não conhecendo pessoalmente o João não corro o risco de me enganar se dizer que não escrevi contradição a pensar só no João mas é uma observação que se enquadra nas palavras escritas pelo João que são um grito de alerta contra o isolamento igoista e uma capa protectora contra as más companhias...
Seria possivel outra conclusão para quem abre a sua casa de par em par para quem vier por bem?
Certamente que não e por isso não podia estar mais de acordo contigo!
Saudações